1 - TONY IOMMI
No documentário “A Headbanger´s Jouney”, ROB
ZOMBIE disse que todo riff de metal sobre a face da terra já tinha sido
inventado por TONY IOMMI - segundo ele, todos os outros eram variações
daqueles primeiros. Nada mais verdadeiro: com a introdução do trítono
feita pelo guitarrista inglês ele não só compôs obras de arte como
“Black Sabbath” “Symptom Of The Universe (alguns dizem, o primeiro
thrash da história”), “como alimentou” MUSTAINE, KERRY KING, HETFIELD -
enfim, você toca heavy metal? Então você também.
2- CHUCK BERRY
Nada
mais notório - se não fosse por esse cidadão, essa lista nem existiria.
Com influências de T-BONE WALKER, MUDDY WATERS e country music, BERRY
criou a primeira indústria de riffs clássicos da história, tocando uma
versão turbinada do blues de Chicago - chamado de rock n´roll. Colocando
sua guitarra à frente do som, transformou-a em um instrumento solista,
fundindo sua incendiária postura de palco a riffs da categoria de
“Johnny B. Good” e “Sweet Little Sixteen”. KEITH RICHARDS, PETE
TOWNSHEND, JOHN LENNON entre muitos outros, beberam direto dessa fonte.
3 - JEFF BECK
No
quesito influência, JEFF BECK fez toda a diferença. Nas várias fases de
sua carreira, BECK passeou entre o blues, o fusion e o rock rasgado e
visceral com igual maestria. Sua técnica de alavanca e controle manual
de volume fez a alegria de STEVE VAI, SATRIANI e companhia. Seu incrível
controle dos dedos - ele não usa palheta - é influência notória na
abordagem que MARK KNOPFLER (que também resgatou isso de gente do
calibre de CHET ATKINS). “Blow By Blow”, seu mais notório trabalho, foi
elogiado por todo mundo - de BRIAN MAY a FRANK ZAPPA. Precisa mais?
4 - JIMMY PAGE
“Ele
compunha, tocava, produzia as músicas- não consigo pensar em outro
guitarrista desde LES PAUL que possa reivindicar algo parecido”. Essa
afirmação partiu de JOE PERRY ao resenhar sobre JIMMY PAGE para a
Rolling Stone (fevereiro de 2012). PAGE se deu ao luxo de fazer todas as
experimentações possíveis em estúdio: slides desgovernados, efeitos em
camadas, tocar com arco de violino, etc, etc. Além disso, seus riffs
mudaram a história da LES PAUL fazendo gente do gabarito de JOE PERRY,
SLASH, JOE BONAMASSA forjar o próprio caminho no instrumento.
5 - RITCHIE BLACKMORE
Quando
fiquei sabendo que o SLAYER tinha começado tocando covers do DEEP
PURPLE quase não acreditei. Essa é a grande característica dos gênios:
fornecer a matéria prima para toda “explosão cósmica” que venha depois.
BLACKMORE fundiu o blues cru de BUDDY GUY com a técnica clássica, os
arpejos, o pensamento modal - tudo o que a gente adora - e construiu um
espólio que conta com composições que vão de MALMSTEEN a RANDY RHOADS,
de VINNIE MOORE a KIRK HAMMETT. Só.
6 - EDDIE VAN HALEN
Muitos
críticos de Rock and Roll não deram bola para “Eruption” no ano de seu
lançamento porque acharam que aquilo era um truque de estúdio - tocado
por uma máquina ou algo do gênero. Tocando de uma forma quase intuitiva -
influenciado fortemente por ERIC CLAPTON - EDDIE subverteu o blues,
turbinando-o com tappings, alavancadas radicais e harmônicos
artificiais. Contribuiu decisivamente para a criação da ponte Floyd Rose
(que todo mundo usa ou usou depois), popularizou o efeito flanger,
inventou técnicas de potencialização dos som e eliminação de microfonia e
ainda tinha tempo para beber, pegar um monte de mulher e brigar com LEE
ROTH nas horas vagas.
7 - JIMI HENDRIX
É provável que
daqui a mil anos essa lista continue sendo encabeçada por esse
indivíduo. Por quê? Hendrix criou riffs memoráveis( “Highway Chile”, “If
Six Was Nine”), colocou a microfonia a seu serviço (“Foxy Lady”), quase
quebrou a alavanca no meio (“Star Spangled Banner”- o hino nacional
americano!), misturou o rock e o funk (“Crosstown Traffic’), tronou o
wah-wah uma marca registrada no rock (“Voodo Child”) fazia solos com
ligados, solava com a boca, botou fogo na guitarra - e só viveu vinte e
sete anos!!! E morreu há quarenta e dois!!!!
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